Entenda neste conteúdo todo o conceito do Supply Chain Finance e como ele pode ser vantajoso para a sua empresa em diversos momentos.
Otimizar recursos para que a cadeia de suprimentos de uma empresa ande de maneira correta e eficaz é um grande objetivo da organização. O Supply Chain Finance auxilia para que esse objetivo seja concretizado de maneira simples.
Mas como podemos definir o que é exatamente o Supply Chain Finance e como ele auxilia em todos os passos da cadeia de suprimentos? Por ser um processo que aborda o gerenciamento dos recursos financeiros por meio das relações entre todos os participantes da cadeia, ele se torna uma parte importante desse caminho.
Por isso, a Cashforce trouxe um conteúdo completo explicando tudo sobre o Supply Chain Finance, mostrando desde o início o conceito e como ele pode ser útil se aplicado de forma correta em sua empresa. Confira!
As atividades comerciais de uma organização podem ser divididas em duas categorias: a cadeia de suprimentos física e a cadeia financeira.
A cadeia de suprimentos física é o fluxo de bens e serviços em direção ao cliente final. Já a cadeia de suprimentos financeira é o fluxo de dinheiro envolvido nas operações e nas vendas.
O Supply Chain Finance refere-se a um conjunto de práticas e técnicas que podem ser aplicadas por compradores e fornecedores para administrar o capital utilizado de maneira mais eficiente.
Com uma gestão mais apurada do capital de giro que foi investido para a produção, diminuem-se os riscos para as partes envolvidas. Ou seja, através do Supply Chain Finance, é possível que fornecedores, por exemplo, consigam recursos para comprar matéria-prima, fomentando a produção de maneira mais consistente.
Cada ponto da cadeia de suprimentos (financiamento, produção, riscos, pagamentos, entre outras etapas) é impulsionado por algum gatilho na cadeia de abastecimento física. Abaixo, alguns exemplos de eventos que podem acionar esse gatilho:
A abordagem do Supply Chain Finance é focar na gestão de fluxos financeiros que são gerados a partir desses gatilhos. O objetivo é obter formas mais rápidas de obter fluxo de caixa para dar continuidade à linha de produção.
Em muitos casos, o fornecedor não tem capital de giro para fazer com que o pedido seja iniciado na linha de produção, se tornando um grande problema. Neste caso, o fornecedor precisa que o pedido seja pago antecipadamente, pois o valor obtido pode ser investido na produção.
Essa falta de capital de giro pode atrasar diversas partes da cadeia de suprimentos da organização. A produção atrasa, por consequência o pedido também atrasa, fazendo com que a empresa perca credibilidade no mercado.
O conceito de Supply Chain Finance existe justamente para garantir que não haja impasses na cadeia de suprimentos, buscando formas mais rápidas de garantir capital de giro para que todos tenham uma relação ganha-ganha.
Ao contrário do que muitos pensam, o Supply Chain Finance não é uma forma de financiamento. Como podemos notar, na relação entre fornecedor e empresa há necessidades específicas que também precisam de atenção, não apenas no lado do capital.
“Just in time” significa “no momento certo”, em sua tradução literal. É um sistema com objetivo de produzir a quantidade exata de um produto, de acordo com a sua demanda e de forma mais rápida.
Aplicando essa ideia ao mercado financeiro, a Cashforce criou o conceito Just-in-Time Finance, representando uma forma segura e rápida de obter o financiamento da produção no momento certo.
O Just-in-Time Finance permite o financiamento desde a etapa do pedido, passando pela manufatura, entrega e emissão de nota fiscal até a antecipação de pagamento. É uma maneira de enxergar o maior benefício do Supply Chain Finance: mecanismos de financiamento sob medida para o funcionamento da cadeia de suprimento, no momento certo e de maneira rápida.
Como visto até aqui, a agilidade, eficiência e produtividade são pontos importantes e necessários para o funcionamento da cadeia. Através do Just-in-Time Finance, é possível manter essas qualidades e uma boa relação entre fornecedores e compradores.
De certa forma, pode-se dizer que o financiador tem um papel fundamental para que o conceito de Supply Chain Finance seja aplicado de maneira correta. Em muitos casos, não são os bancos que fazem esse tipo de negociação, mas sim as empresas de factoring.
Isso faz com que os processos de negociação ocorram de maneira mais rápida e menos complicada, oferecendo mais opções para o fornecedor e se tornando uma relação ganha-ganha-ganha entre as partes envolvidas.
O comércio internacional há bastante tempo é financiado por uma série de instrumentos que podem ser chamados de práticas “tradicionais”.
Uma dessas formas eram os créditos documentários. Essa era uma forma de garantia para os investidores diretos (comprador e vendedor) em uma transação comercial de determinada mercadoria.
Sobretudo, esse meio é utilizado para transações internacionais, na medida que o conhecimento entre os envolvidos é menor. Ou seja, com o conhecimento menor entre as partes, o risco da transação era maior.
A utilização dos créditos documentários normalmente envolve outros participantes além do comprador e do vendedor. Existe a intervenção de duas entidades bancárias: o banco emitente do crédito, atuando como comprador e um banco representante do emitente, que atua como vendedor.
Porém, nos últimos anos, houve uma mudança global orientada em uma nova direção. Com base na preferência dos importadores e exportadores, as mercadorias passaram a ser transacionadas em termos da chamada “conta aberta”, sendo enviadas antes do recebimento do pagamento.
Essa mudança levou à emergência de um mercado alternativo de financiamento, com base na interpretação de que a insistência no comércio baseado em crédito documentário reflete a falta de confiança nas instituições financeiras.
Além disso, houve mudanças também nos acordos comerciais bilaterais (entre somente um comprador e um vendedor) para cadeias de abastecimento globais, permitindo incluir relacionamentos com comunidades de até 10.000 fornecedores, resultando no Supply Chain Finance.
O financiamento da cadeia de suprimentos é, normalmente, aplicado para abrir uma conta comercial, onde as mercadorias são enviadas e entregues antes do vencimento. Essa opção é obviamente mais vantajosa para o comprador, em termos de fluxo de caixa.
O comércio de conta aberta pode ajudar a trazer mais clientes, tornando o mercado mais competitivo. Os exportadores podem usar uma ou mais técnicas de financiamento comercial para mitigar o risco de não pagamento.
No Brasil, o conceito pode ser aplicado com efeitos impressionantes nas cadeias de suprimentos, tornando os processos financeiros mais rápidos e os negócios mais competitivos e rentáveis.
A integração colaborativa trazida pelo Supply Chain Finance permite aos compradores e fornecedores trabalharem de forma mais harmônica e com uma previsão melhor das demandas.
Além disso, com negociações mais abertas com financiadores alternativos como as empresas de factoring, isso se torna uma opção mais justa para a organização.
O financiamento da cadeia de suprimentos, geralmente, é baseado em acordos intermediados por bancos e empresas de factoring. Porém, o fornecedor poderia ter mais capital disponível ao longo do tempo, caso os prazos de pagamento não fossem tão extensos.
Isso se torna um problema para o fornecedor, pois o deixa menos preparado para atender rapidamente um pedido de compra. Ele pode não ter estoque suficiente, uma linha de crédito para comprar matéria-prima ou tampouco capital de giro para produzir.
Com o conceito de Supply Chain Finance, é possível fazer o financiamento do fornecedor de uma maneira mais justa, possibilitando obter valores em caixa para continuar a produção, sem prejudicar a entrega final.
Geralmente, as pequenas e médias empresas tem o rating baixo, o que acaba dificultando a busca por linha de crédito para obter capital de giro. Quando elas conseguem uma linha de crédito, os juros tendem a ser de três a quatro vezes maior e esse valor é passado para o consumidor final como aumento do produto.
No entanto, apesar de ter um rating de crédito baixo, o pequeno fornecedor possui um contrato com as grandes empresas. Essa é uma “garantia” real e pode ser aplicada como forma de diminuição do seu risco de inadimplência.
As negociações entre compradores, fornecedores e financiadores se conectam, realizando as transações de forma transparente e segura. Assim, é possível que a negociação seja feita desde o início da cadeia, no pedido de compra.
Nesse tripé entre financiador, fornecedor e comprador, maiores prazos de pagamento são negociados pelos compradores. Ao mesmo tempo, os fornecedores têm o adiantamento dos recebíveis, com as taxas mais baixas.
Já as instituições financeiras e empresas de factoring têm seu lucro através de uma margem mais alta do que a convencional. Devido à diferença entre o valor pago pelo risco de crédito à vista e os riscos de crédito pago a prazo.
Diante disso, é importante lembrar que o financiamento entre os diversos braços da cadeia de suprimentos pode ser executado de duas formas:
Uma das formas mais utilizadas quando falamos em financiamento da cadeia de suprimentos a partir de recursos próprios é através do controle de estoque. O objetivo do controle de estoque é gerar lucro máximo por meio da mínima quantidade de investimento.
Porém, não basta apenas obter o lucro máximo, é preciso estar atento para não prejudicar os níveis de satisfação do cliente.
Para facilitar o entendimento, vamos usar como exemplo uma indústria que faz peças para máquinas agrícolas. Essa organização tem em seu planejamento estratégico o objetivo de aumentar as suas vendas em 30%.
Portanto, para aumentar as vendas, será preciso produzir mais peças. Para que sejam produzidas mais peças, é preciso investir em equipamento e mão de obra. Por consequência, os custos por produção aumentarão após essa série de etapas.
Ou seja, para a organização produzir mais, terá que aumentar os seus custos para manter os produtos em seu estoque.
Dessa forma, ao pensar em reduzir o estoque sem prejudicar as suas vendas e afetar o planejamento estratégico, é preciso verificar os seguintes pontos:
Esses itens fazem parte de todo orçamento empresarial. Logo, não há como controlar o estoque da empresa sem analisar cada um desses pontos.
Além disso, monitorar os níveis de inventário é uma outra forma de reduzir o estoque de modo saudável. Afinal, os altos níveis de inventário aumentam as despesas e aumentam também os custos indiretos.
Uma forma mais eficiente de gerenciar o inventário da sua empresa é determinando as demandas de estoque. Ou seja, é preciso conhecer o giro de estoque da organização para executar de maneira correta o inventário.
Ao realizar o controle de estoque, é possível entender quais produtos contribuem para o lucro da organização e quais estão dando prejuízo. Ou seja, através da análise da situação financeira do estoque, torna-se mais fácil montar uma estratégia precisa em relação aos produtos.
Além disso, vale ressaltar que estoque parado é sinônimo de prejuízo, pois o capital de giro da empresa pode estar parado pela falta de vendas de determinado produto.
Ao adotar o Supply Chain Finance, o comprador não recebe imediatamente o que foi comprado, pois se torna um crédito junto ao fornecedor.
Dessa forma, os estoques passam a ser enxutos, o capital de giro é reduzido e o fluxo de caixa fica disponível para outras despesas da organização.
De fato, essa prática pode viabilizar os fornecedores para que tenham acesso a algumas facilidades vantajosas para a empresa. A antecipação de recebíveis, por exemplo, é uma das maneiras mais comuns de obter capital de giro.
Mas não é apenas os fornecedores que podem ter vantagens com o Supply Chain Finance. Os compradores podem se beneficiar de pagamentos mais longos e condições melhores de negociação com os fornecedores.
Além disso, existem ainda mais vantagens que o Supply Chain Finance pode trazer, buscando a relação ganha-ganha entre os participantes das negociações.
O fluxo de caixa em ambas as partes é melhorado com o Supply Chain Finance. O fornecedor pode receber o valor total no momento da compra e o comprador pode pagar em parcelas que cabem no bolso.
Os processos financeiros se tornam cada vez mais organizados e seguros. Com os pagamentos aos fornecedores sendo feitos na hora certa, sem atrasar o fluxo da empresa, os custos de produção se tornam mais justos.
Dessa forma, ao aumentar os prazos de pagamento para os fornecedores, a empresa consegue administrar melhor o seu capital de giro. Além disso, o comprador consegue aplicar melhor seu capital, financiando os seus próprios fornecedores.
De fato, a estrutura financeira da cadeia de suprimentos torna as transações menos arriscadas em momentos de incerteza, devido ao fato de os principais fornecedores terem maior segurança financeira, recebendo o pagamento no momento da compra.
Em resumo, isso pode fazer com que a empresa tenha uma boa saúde financeira, focando no fornecimento de produtos de melhor qualidade ao comprador.
Através do financiamento, os fornecedores conseguem o dinheiro para fazer o pagamento do valor presente, aumentando o capital de giro da empresa.
Isso faz com que o capital chegue ao fornecedor no momento em que ele mais precisa, no pedido de compra do cliente. Além disso, com essa disponibilidade é possível suportar os prazos de recebimento mais longos sem problemas.
No caso dos compradores, é possível negociar as melhores condições para efetuar o pagamento, sejam elas prazos mais longos ou um desconto maior na negociação com os fornecedores.
Ao disponibilizar um prazo mais favorável, o fornecedor consegue oferecer ao comprador uma flexibilidade maior em relação ao pagamento. Dessa forma, é possível obter mais compradores e adquirir uma parcela maior do mercado.
Com as práticas do Supply Chain Finance, o comprador pode antecipar os recebíveis de maneira correta. Por consequência, ele pode oferecer ótimos descontos pelas compras à vista, reduzindo o nível de endividamento da empresa.
Para o fornecedor, ao receber os valores antecipados, é possível obter capital de giro sem que precise recorrer a empréstimos. De fato, a antecipação de recebíveis é uma das transações financeiras com as menores taxas de juros do mercado, evitando também o endividamento com financiamentos.
Com essa possibilidade, quem ganha em ambas as partes envolvidas é o planejamento financeiro, pois, a longo prazo, ambos conseguem reduzir os seus custos operacionais e ficam com a saúde financeira da empresa em dia.
O Supply Chain Finance é uma ótima alternativa para empresas que buscam melhorar a saúde financeira, sem perder a qualidade em seu produto. Otimizar toda a cadeia de suprimentos para que o fluxo fique melhor é a forma mais correta.
A Cashforce utiliza o Just-in-Time Finance através do Supply Chain Finance para manter uma boa relação entre cliente e fornecedor. Em nossa plataforma, é possível encontrar um marketplace de crédito, com diversas opções para fazer transações como antecipação de recebíveis de maneira mais simples.
Para entender como funciona nossa ferramenta, veja como a Cashforce pode ser um grande parceiro para o crescimento da sua organização.
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